Esses dias, estava eu lendo um
texto na internet sobre coisas que você deve para de fazer a si mesmo, e resumindo,
o texto falava em deixar de fazer coisas negativas e simplesmente viver. Achei
bem interessante, pois não é segredo nem mistério que hoje em dia, as pessoas
estão cada vez mais materialistas e valorizando coisas fúteis que acabam por
não levar a lugar nenhum. Sempre doentes e estressadas dizendo o tempo todo que
não tem tempo para nada e se orgulham disso. Pode me chamara de hippie ou
natureba, ou seja lá o que quiserem dizer sobre minha personalidade, mas para
mim é difícil entender o valor que as pessoas dão a coisas que não valem a
pena, coisas que não são reais. Então começou a chover e me veio aquela sensação
que eu tinha quando acontecia de chover enquanto criança, em que eu não pensava
duas vezes e corria pra rua pular e gritar com meus vizinhos também crianças. E
então fiz. Troquei de roupa e voltei a ser criança, não gritando e pulando na
rua com os vizinhos que não são mais crianças, mesmo porque a maioria não é
mais nem vizinhos, mas sentir a mesma energia de vida. Sentir a água doce e
pura percorrer meu corpo, sentir o quão pequeno e insignificante sou frente às
grandezas da natureza e que a vida é muito mais que certas preocupações com o
amanhã ou os valores que se é dado às futilidades. Meu banho de chuva não
demorou muito, só alguns minutos, mas foram minutos preciosos de reflexão, sem
pensar em nada e simplesmente sentir. Minha mãe brigando dizendo que ia sujar o
chão e isso me fez rir e reforçar a ideia de que hoje as pessoas se preocupam mais
com pequenas coisas do que aproveitar segundos precisos. Todos querem ser
felizes, mas esquecem de que a felicidade é constituída de pequenos momentos
alegres. Sei que talvez possa ser difícil compreender o que quero dizer, mas
sintetizando é: Não tenha medo de ‘se molhar’, observe detalhes, observe a
verdadeira felicidade, observe o que realmente vale a pena.